Um grande número de pacientes depois desse período, experimentam os efeitos negativos da doença crítica, apresentando alterações cognitivas, psicológicas e físicas --> Síndrome Pós Terapia Intensiva.
Durante a internação na UTI os pacientes podem experimentar um período sem realizar atividades e repouso prolongado, o que está relacionado a diversas perdas e alteração física.
A maior perda física relacionada a esse período é a perda da habilidade para a realização de atividades que permitam ao indivíduo cuidar de si próprio e viver de forma independente.
Ou seja, após o período de internação, o indivíduo se torna incapaz de realizar algumas tarefas que antes eram comuns na sua rotina, podendo esses efeitos perdurarem por muito tempo.
A reversão do repouso prolongado, bem como as consequências maléficas do imobilismo e a manutenção da função física se dá principalmente com a atuação fisioterapêutica através da realização de exercícios durante o período de internação.
Devemos começar o mais precoce possível essas intervenções em pacientes na UTI: nos primeiros dias da internação.
Deve-se usar movimentos planejados começando com o estado funcional atual do paciente e com o objetivo de retorno a funcionalidade anterior.
Usar uma variedade de técnicas de mobilidade como elevação de cabeceiras, amplitude de movimento, mudanças de posição, exercícios resistidos, treino de equilíbrio, sentar na beira do leito, na poltrona e andar.
Esses conceitos são aplicados a todos os pacientes na UTI, em Ventilação Mecânica Invasiva ou não, respeitando-se algumas contra indicações.
Somado a isso, é realizado por parte do fisioterapeuta um plano de tratamento específico, para suprir demandas específicas de cada paciente para recuperar ou manter sua função física durante esse período na UTI.
Recentes estudos têm indicado que atividade precoce e progressiva para pacientes em UTI é segura, inclusive em pacientes recebendo ventilação mecânica, e resulta em diminuição das complicações relacionadas a esse período de internação e em pacientes mais independentes.
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local direcionado para pacientes críticos que necessitam de internação para cuidados e terapias específicas. A UTI tem como principais objetivos preservar a vida humana e fornecer reabilitação especializada no cuidado de pacientes mais graves para que se recuperam de sua doença. As principais indicações para internação na UTI incluem pacientes que necessitam de cuidados intensivos, o que normalmente inclui suporte ventilatório e drogas vasoativas contínuas e pacientes que necessitam de acompanhamento intensivo e podem potencialmente necessitar de intervenção imediata.
Na maioria das vezes não! A UTI é um local para reabilitação e isso inclui exercícios. Existem critérios para contraindicar a atividade física durante esse período, mas são poucos! O fisioterapeuta é um profissional apto a responder se o paciente pode ou não se movimentar nesse período. E mesmo que por um pequeno período o paciente não possa fazer exercício, isso não se aplica durante todo o tempo de internação na UTI. É muito importante que se comece o mais rápido possível a se movimentar e sair da cama. Já se sabe que fazer exercícios na UTI é seguro e traz diversos benefícios.
Já se sabe que ficar no hospital deitado na cama sem fazer nada pode levar a diversos prejuízos. O imobilismo (ficar parado) leva a prejuízos em diversas partes do corpo, como pulmão, coração e músculos. Como consequência pode ser que aconteça de o paciente sair da UTI não conseguindo mais fazer coisas que ele fazia antes e isso pode durar por muito tempo, mesmo depois de voltar para casa.
O paciente na UTI pode parecer um paciente que não consegue ou não pode se mexer por estar ligado a muitos fios, respirar por aparelhos e receber algumas medicações. Mas muitos estudos já mostraram que a maioria dessas situações que podemos achar que são barreiras a realização de exercício físico não são! Mesmo um paciente que respira por aparelhos, que tem muitos fios pode se exercitar! Poucas situações são contraindicação para exercício e na maioria delas o paciente não conseguiria fazer o exercício. Então, mesmo com fios, mesmo respirando por aparelhos, com diversas medicações, converse com a equipe para que você participe de um programa de exercícios nesse momento.
Antes de vir pra UTI as pessoas tinham suas vidas, suas tarefas, suas atividades, coisas que gostava de fazer, participava dos seus cuidados, se vestia, comia, caminhava. Isso se chama funcionalidade. Se manter ativo na UTI vai aumentar chances de sair do hospital da mesma maneira ou muito próximo do que entrou, fazendo o maior número de coisas possíveis que fazia antes. Movimento é vida, na UTI também!
O fisioterapeuta faz parte da equipe multidisciplinar na UTI e estudou por anos reabilitação física. Ele é capaz de saber quem pode ou não fazer exercícios e traçar um plano de exercícios para que o paciente saia da UTI fazendo as mesmas atividades que entrou ou o máximo que puder, caso pela doença não seja possível ser como antes. Ele vai te ajudar a impedir que o fato de ficar internado na UTI faça com que você tenha prejuízos físicos.
O fisioterapeuta faz parte da equipe multidisciplinar na UTI e estudou por anos reabilitação física. Ele é capaz de saber quem pode ou não fazer exercícios e traçar um plano de exercícios para que o paciente saia da UTI fazendo as mesmas atividades que entrou ou o máximo que puder, caso pela doença não seja possível ser como antes. Ele vai te ajudar a impedir que o fato de ficar internado na UTI faça com que você tenha prejuízos físicos.